A bipolaridade do arquétipo materno: uma análise crítica sob a perspectiva da psicologia analítica

Abstract

O presente trabalho se construiu através de uma revisão integrativa de literatura e material bibliográfico a respeito do arquétipo materno, no qual tange o conceito de inconsciente coletivo. A princípio pontua-se que os arquétipos são herdados e relacionam-se às experiências universais da humanidade. Contudo, herda-se o formato do arquétipo, mas não o conteúdo que ele possui. Em torno do arquétipo materno, entende-se que o seu núcleo seria composto por ideias e pensamentos dotados de sentimentos influenciados pelas vivências e imagens da mãe. Os arquétipos apresentam uma dualidade; sendo assim, o arquétipo materno aprisionador será aludido aos filhos que tiveram contato com a parte negativa deste arquétipo no período de seu desenvolvimento. Portanto, terão como marcas as mensagens de desmerecimento e desprezo que serão denotadas a partir da mãe. Nesse sentido, foi explanado o símbolo da Grande Mãe, descrito por Neumann, sob o olhar da Psicologia Analítica na perspectiva de C. G. Jung, no qual, devido a diversas possibilidades relacionadas à temática, para que se torne possível realizar um trabalho com precisão em curto prazo, seu foco será delimitado na apresentação da influência deste arquétipo no desenvolvimento da personalidade feminina. O intuito é descrever para alcançar uma maior compreensão acerca do lado sombrio do arquétipo da Grande Mãe. Pode-se concluir que este trabalho busca alcançar um olhar compreensivo diante do Arquétipo Materno, dado sua importância no entendimento do funcionamento familiar e seus diversos conflitos, como e principalmente na formação de toda personalidade feminina.