Análise da associação entre patógenos periodontais e o desenvolvimento da doença de Alzheimer

Abstract

Apontada como uma das doenças mais comuns da humanidade, a doença periodontal é uma patologia infecciosa crônica e dispõem de duas condições inflamatórias distintas: sendo no seu estágio inicial denominado de gengivite, que progressivamente evolui para a periodontite. A periodontite, por sua vez, assume a posição de sexta doença mais prevalente e apresenta cerca de 743 milhões de pessoas acometidas no mundo. No entanto, devido a fatores de riscos comuns, essa patologia pode estar epidemiologicamente vinculada a outras doenças sistêmicas, como as neurodegenerativas. Diante disso, a associação entre a periodontite, e a Doença de Alzheimer tem sido estabelecida pela disseminação de agentes inflamatórios ou infecciosos que migram da cavidade oral para o cérebro. Tendo isso em vista, conclui-se que os patógenos periondotais, como por exemplo a bactéria Porphyromonas gingivalis, podem ser empregados como marcadores diagnósticos para prever a suscetibilidade à Doença de Alzheimer em pacientes com periodontite. E, deste modo, o tratamento odontológico se estabelece como forma de estratégia para retardar a atrofia cerebral da Doença de Alzheimer e elevar a qualidade de saúde geral e bucal da vida do indivíduo acometido por esta patologia.